quinta-feira, 25 de agosto de 2011

OS GUARDIÕES DAS FÓRMULAS SECRETAS


Imagem: Revista Época




Já parou para se perguntar por que cada refrigerante que você toma tem um sabor único? E por que, desde que você se entende por gente, esse gosto é o mesmo? Como será que a concorrência nunca conseguiu imitar o sabor daquele guaraná, ou a refrescância do refrigerante cola mais famoso do mundo, ou o gosto inexplicável do molho especial do sanduíche mais vendido do planeta? Não é à toa que todas essas empresas conseguem manter sua singularidade ao passar de tantos anos: a fórmula desses produtos é secreta. E secreta de verdade, guardada a muito mais que sete-chaves e cuidada com muito carinho.

A história da fórmula secreta ganhou destaque recentemente quando, no início deste ano, uma rádio americana afirmou ter desvendado o mistério por trás da fórmula do refrigerante Coca-Cola. A notícia de que o papel com a receita original teria vazado fez barulho no mundo todo, principalmente porque, por causa da internet, a informação viajou todos os continentes rapidamente. Algumas semanas se passaram e o caso morreu. Ninguém conseguiu fazer uma Coca-Cola pirata e, tão rápido quanto o rumor apareceu, ele foi abafado.

sábado, 13 de agosto de 2011

O TEMPO EXAUSTO

Imagem: PORTINARI




A mesma espécie de sábios que decretou o fim da História, com o triunfo da globalização neoliberal, decretara antes o fim das ideologias. A ordem do raciocínio é a mesma: o capitalismo, premiando os audazes e persistentes, liquidaria as ideologias. Na realidade, eles pensavam em uma só ideologia, o que é correto, do ponto de vista lógico: o fim do pensamento de esquerda, com o domínio absoluto da ordem da direita, contra a “anarquia” libertária, acabaria com os lados ideológicos. Onde predomina o pensamento único — no caso, o neoliberal — as ideias se encontram castradas, mortas.

Mas a ideologia não é uma diversão da inteligência. Ela corresponde a interesses humanos bem claros e definidos. Os homens, mesmo quando submetidos ao sofrimento mais terrível, não deixam de aspirar à felicidade. O que difere é o conceito de felicidade de cada um. Para os lúcidos, a felicidade é altruísta. Assim a sentem, por exemplo, os patriotas, quando seu país cresce em prosperidade, e todos vivem em paz e têm a mesma oportunidade de realização.


O DESTINO DA SELIC NA CRISE

Imagem: Internet






Os sinais de desaceleração da economia começam a ficar evidentes. Os grandes bancos funcionam em bases sólidas. Não há notícias de que empresas brasileiras estejam altamente alavancadas em derivativos, como ocorreu no segundo semestre de 2008. E, além dessas diferenças entre as condições brasileiras para o enfrentamento da crise de 2008 e hoje, há informações até então desconhecidas sobre os efeitos de políticas anticíclicas no país, sejam fiscais ou monetárias. O quadro em 2011 é mais claro.

Em 2008, o que se sabia da experiência histórica do país era que, ao menor sinal de turbulências no mercado internacional, a resposta da política econômica no Brasil era sempre a mesma: aumentar a taxa de juros para atrair capitais e fechar as contas do balanço de pagamentos. E, quando possível, apertar as condições fiscais para garantir a solvência do governo. Era a reação clássica de um país acostumado com crises cambiais. O Brasil nunca havia feito política monetária contracíclica e as autoridades temiam seus efeitos, avaliam fontes que estavam no governo em 2008.

Por outro lado, descobriu-se no início das turbulências daquele ano que empresas brasileiras estavam com elevadíssima alavancagem em derivativos cambiais, expostas em cerca de US$ 40 bilhões, com contratos recheados de truques e gatilhos. Uma redução precipitada dos juros e a desvalorização mais acentuada da moeda doméstica poderiam agravar a situação.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A CRISE DA ECONOMIA AMERICANA

Imagem: Internet





Paul comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares, financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Paul passou a valer 1,1 milhões de dólares. Aí, um banco perguntou para o Paul se ele não queria uma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os 800.000 dólares.

Com os 800.000 dólares, Paul, vendo que imóveis não paravam de valorizar, comprou três casas em construção dando como entrada algo como 400.000 dólares. A diferença, 400.000 dólares, que Paul recebeu do banco, ele se comprometeu: comprou carro novo (alemão) para ele, deu um carro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou TV de plasma de 63 polegadas, notebooks, cuecas. Tudo financiado, tudo a crédito.

A esposa do Paul, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito.